Ele tinha medo da cama. Dormia no tapete.
Cobria-a com lençol, cobertor e colcha para não ter de olhá-la nos olhos. O travesseiro, pousava sobre o tapete.
No chão gelado, sonhava com os corpos que nela deitaram. Napoleão e Monet e Foucault. Às vezes todos juntos, às vezes todos mortos. Às vezes dormiam e outras não.
Pensou em escrever, pensou em pintar. Pensou em se internar.
Mas quem haveria de ter deitado (dormido, ou não) em uma capa de manicômio?
D'Arc e Rousseau e Cartier-Bresson.
Davam-lhe calafrios.
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