Blog, me escuta! Porque não tenho alguém mais pra falar. Sabe que eu odeio escrever da minha vida sem metáforas ou suspense barato, sem palavras compridas e frases bonitas ou controversas. Odeio mostrar a menina mimada que sou e odeio ser. Odeio usar tantos odeios em um parágrafo.
Talvez por isso me fascina a idéia de ser atriz. Talvez eu não tivesse a necessidade de inventar drama na minha vida se nela vivesse vários dramas de mentirinha. Mimada, eu sei. Pelos meus próprios sonhos e pensamentos, os desejos que eu não lembro mais como é não alcançar. É, ainda existe essa possibilidade. Por que vocês me lembram que existe esperança? Esse sentimento, que arrasta consigo a desilusão, é tão grande dentro de mim que me sufoca. Blog, por favor, não me dê esperanças. Me ajuda a crescer um pouco, faz calar a infantilidade que escreve agora. Ou será infantil atribuir todas confusões que me aquietam à infância tardia?
Sinto o que sinto; sofro, sim, porque quero. Gosto, sim, de desilusão. Não, não gosto. Gosto de dúvida, isso sim. Dúvida! Há coisa melhor? Talvez é por isso que você fica aí, esperança, ódio meu. Continuo não gostando. E ponto. Não, não sou mimada. E é só eu dizer que o é.
(respiração) Foi bom. Obrigada.
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