Saio, e sinto meus cabelos a emaranharem-se ao redor de minha face.
Tento detê-los, mas então percebo que só quero deixá-los dançar ao doce sabor do vento...
Vento que atinge meu corpo, este contraíndo-se para não deixar levar o calor.
Sinto. Desvencilho-me de meus braços nus e deixo-me envolver por este frio.
Por uma vez me sinto feliz, e feliz por mim mesma. Sem motivo, sem sentimento. Só sorriso.
Não almejo um etéreo teto estrelado. As luzes da cidade, os faróis e o som dos carros, me afogo em tudo isso e só quero deixar-me embriagar.
Queria caminhar. Queria atravessar a rua, abrir os braços e cantar alto. Então chega o ônibus.
A inércia que um dia teria me aborrecido, agora me diverte. Canto baixinho.
Enquanto caminho novamente ao ritmo do vento, penso em chegar em casa. Solidão. As luzes artificiais que não criam desenhos, apenas enchem e sufocam todo ambiente.
Abro as janelas numa tentativa de trazer para cá o vento, espantar o calor e o conforto. Trazer a rua. Quero apenas a rua.
Mas não, não é o mesmo. A única forma de manter aquele sorriso é escrevendo-o. "Sorriso". Que quem o ler sorria.
4 comentários:
Hummmmmm... eu já disse né?
Adoreeeeeeeeeeeeeei :D
T mau
Mil beijossss mana
Hummmmmm... eu já disse né?
Adoreeeeeeeeeeeeeei :D
T mau
Mil beijossss mana
Obs: era eu 0:D
:)
hehe mto bom...conseguiu meu sorriso no final
caminhar no vento frio,
inerte, sendo carregado por alguma coisa..é o desconforto mais confortante de quem caminha sozinho
bjos ateh
|) por que é tão mais legal andar na rua, ao vento, à toa, do que escrever 20 páginas para um professor nos dar uma nota que, supostamente, diz o que aprendemos sobre o que queremos fazer pro resto da vida?
xô voltar pro word...
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