Mesmo pairando no alto, a lua deixa claro, pela expressão, que não é de ficar estática no mesmo lugar.
Mas às 4h30 da manhã ela resolveu parar. Inflou-se de luz e, redonda e austera, postou-se alguns metros acima da baía. Por cima dos telhados ostentava um ar como que de protesto. Assim ficou por uma hora, sem mover-se um só milímetro.
Então o céu começou a enrubecer. A luz amarela na sombra rosada parecia sorrir. A lua olhou em volta e viu-se desvirtuada. Desceu tão rápido quanto pôde e escondeu-se na penumbra, o orgulho ferido.
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