Ainda dói um pouco.
Mas não sei se deveria. Depois de ouvir aquelas dúvidas, descritas com as mesmas exatas palavras, mas que não devem ser as mesmas.
Como pode alguém tirar da minha boca aquilo que sinto, falando dos seus sentimentos, sem sentir o mesmo que eu?
Talvez da mesma forma que só outras pessoas podem ver o brilho nos meus olhos. Minhas incertezas começam a se dissolver quando um amigo vê esse brilho. "Quando você gosta do que faz..." Nem eu sabia que gostava. Devo gostar. Fico feliz em saber que meus olhos brilham... queria poder vê-los. Estou perdida em meus sonhos... Nos para semana que vem e nos para daqui a 15 anos. Talvez esteja mesmo no caminho certo, pelo menos em um aspecto da vida. O que acredito ser o mais decisivo, apesar de não necessariamente o mais importante ou significativo.
Lembro do que me disse o mesmo amigo, uns dois anos atrás. Sou uma pessoa fria. Comecei a pensar a partir de então, e depois de algumas decepções, algumas doses de realidade e uma ground school em cinismo, percebo que esfrio cada vez mais.
Meus sonhos ainda são mornos, mas desacreditei a fantasia. Ela permanece no idealismo, não posso imaginá-la como real. É tão não-ideal quando imagino-a real. E não no sentido da imperfeição do mundo que, para mim, é onde reside sua perfeição. Mas no sentido de que, talvez, eu não queira que minhas fantasias tornem-se verdade.
Estou com medo. Mesmo. Essas cicatrizes, provenientes de tombos tão banais, que me marcam e ressecam. Desacreditei. Minha paixão é censurada, a imaginação cria filmes que não consigo continuar. É o meu repúdio ao ter. Talvez não fria... mas termicamente instável.
Um comentário:
:D sua companhia é muito massa, sinto falta.
só queria poder entender algumas coisas desconexas, ou não, que você escreve xD
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