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Esperar algo que se anseia sem acreditar, mas se acredita no limite da esperança, odiosa e infindável... Que quem menos se espera deixa escapar na fila do cachorro-quente. Ou entre uma cerveja e outra. Ou em uma mesa de plástico.
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Ou procurar outra realidade, onde quer que se esconda, ou agarrá-la onde quer que se exponha?
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Esquecer. Eis algo que nunca soube/quis fazer, por vontade própria. Só o tempo o faz. Não que não seja possível; é. É apenas desconfortante. Deixar pra trás lembranças mornas.
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Futuro não existe. Existem planos, projeções, sonhos, ideais, suposições, desejos. Abstrato. O futuro não é palpável como o passado, que se prende em fotografias, convites, bilhetes e flores secas. Não é vivo como presente, e jamais o será.
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Então, como acreditar nele? Como podemos atirar-lhe todos nossos anseios? Confiar cegamente que nossos passos errantes levam àquela utopia que vislumbramos vagamente, sem os detalhes sujos, a pimenta, o tudo-errado?
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O ou. A partícula essencial. Não há o e/. É decisivo. E ao mesmo tempo tão medíocre... É certo versus incerto. Ou melhor, incerto versus não comprovado, provavelmente errôneo. É a palavra de uma pessoa. Ou duas, três. Contra o próprio pensamento; the odds. Um em seis bilhões.

*&i'm^%so#$f*cked up