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quarta-feira, agosto 30, 2006

O penúltimo Romântico

O Romântico não aquele que ama; é aquele que aprecia o romance. Se no amor há romance, ele não sabe. É romântico demais para experimentá-lo. O romance não é o "felizes para sempre". Não vê o Romântico romance em romances que não acabam logo antes do "felizes para sempre". Para sempre é amor, não romance. Romântico compra flores, acende velas e sussurra as palavras perfeitamente ao pé do ouvido, fazendo-as parecer perfeitas, sentindo-as ou não. Mas isto não é romance. Romance é a ansiedade, um quase desistir constante segurado por um frágil fio de esperança platônica e absurda, que afinal se mostra factível. Romance é a perfeição do imperfeito. Não vivem romance apenas os Românticos. Mas são românticos enquanto o vivem, por mais que o tentem esconder do mundo, aparentemente tão frio, mas afinal tão repleto de um romantismo latente e incompreendido. Talvez essa latência exista em cada um. Ou talvez o Romântico seja apenas um estoque inesgotável de romances latentes, esperando o cruzar de olhares para desabrochar. Mas às vezes o Romântico vive em uma vida um só romance. Ou nenhum. Dóem os romances latentes que não encontram braços para desfazerem-se. E dói quando o romance acaba e os braços não afrouxam. A borboleta que sai do casulo quer voar, e deixar uma pequena larva a consumir o romance de outros braços... O romântico é, então, uma borboleta. Frágil, mas ao mesmo tempo livre. Romântica, mas ao mesmo tempo efêmera.

2 comentários:

Anônimo disse...

românticos. drama, drama, drama.

Anônimo disse...

sim, eu assisti Elizabethtown. muito romântico. não os personagens, o que funciona é um telespectador em estado romântico! e eu também lembrei daquela lista que ela faz enquanto eu fazia a minha, e na verdade não saiu nada parecido hehehe acho que a kirsten dust não escuta muito skank...